Minha Equipe (:

Minha Equipe (:
... E se saudade matasse ??

terça-feira, 2 de março de 2010

Dia 6: 26/01/2010

Hoje, mais que qualquer outro dia, foi o mais ansioso e esperado por mim.
Por quê?

Encarregaram-me de levar o DDS (Diálogo Diário de Segurança) desta semana :O

Depois de muitos dias quebrando a cabeça tentando encontrar um assunto realmente interessante e que tivesse grande importância, consegui.

Eis que meu tema foi: O VALOR DO CAPACETE DE SEGURANÇA.



Eu nunca fui muito esperta pra falar em público, estudava, revisava e compreendia o conteúdo, mas sempre "travava" perante as pessoas, mesmo que as conhecesse. E, para não perder o costume, foi o que me aconteceu.

Antes de começar a falar, eu já alertei meus ouvintes:


- Pessoal, eu nunca fui boa para falar em público. Eu fico nervosa, gaguejo. Portanto, não se decepcionem, eu só lerei o que pesquisei.

DDS

Alguns me olharam meio tortos, mas acho que entenderam minha falta de experiência.

Estagiária, após apresentação de DDS

Equipe Hidroconsult - Canal do Sertão Alagoano

Após a minha "apresentação", tive de assinar, posar pras fotos que Viviane, com seu grande humor, fazia questão de fazer.


E então, seguimos para mais um dia de obra.

Hoje foi meu primeiro dia acompanhando o Técnico em Mecânica dos Solos e Terraplenagem Carlos Cruz, e não tive do que reclamar. Tanto quanto Dantas, Carlos tem é muito simpático, paciente e atencioso. E além de Carlos, não posso esquecer de Assis, quem nos carregava de um lado para o outro kkk.

Durante nosso percurso, a primeira parada foi na Ponte Canal 5, precisamente no lado direito, onde estava havendo despejo de material Bota-Fora, solo não utilizado. Este material estava sendo despejado para maior sustentação das bermas do Canal, uma vez que as rochas apresentam grande granulometria, podendo garantir mais sustentabilidade.

Montante da Ponte Canal 5

Máquina espalhando material

No entanto, ainda faltava muito material para reaterros e jazidas seriam necessárias.

Explicando-me como tudo acontecia, Carlos me informou que transporte de terra custa muito, então, eles teriam de encontrar um local próximo que haja material que seja suficiente para reaterro. O que acontece é a tentativa de diminuição de custos. Em uma escavação de terreno, há gastos na própria escavação, para reaterros, há gastos no carregamento de caminhões-basculantes, além do transporte destes, em que os gastos são feitos por quilometragem feita; somando isso à quantidade de viagens feitas para conclusão disso. Resumindo: TUDO É PAGO! TUDO!

Todavia, como para tudo existem suas soluções, muito próximo á construção da Ponte Canal 5, havia um terreno e o seu dono estava disposto a negociar o empréstimo de terra.
O local foi analisado, a escavadeira perfurou o terreno para ver se havia profundidade, e por fim, concluído que o terreno valia de Caixa de Empréstimo, Dantas e sua equipe foi convocada para delimitar o terreno e fazer o Levantamento.

Vista da Ponte Canal 5 apartir da jazida encontrada

Em relação a parte topográfica, houve levantamento de escavação do fundo do Canal.

Ainda na parte da manhã, o Técnico do Laboratório de Concreto Francisco Erisaldo procurou Carlos para fazerem classificações de caixas de empréstimo nos seguintes locais:

~ E1889 - E1893 (lado direito);
~ E1901 - 1905 (lado direito);
~ E1902 - 1905+15 (lado esquerdo);
~ E1911 - 1923 (lado direito).

Caixa de Empréstimo E1901 - E1905

Planilha de Classificação de Caixa de Empréstimo (resolução 100% :X)

Estas caixas de empréstimo tiveram seus solos classificados. O solo é caracterizado com de 1ª categoria e de 2ª categoria. Os de 1ª são assim chamados pois possuem baixa granulometria e durante a escavação feita não é perceptível esforço mecânico, ao contrário dos de 2ª categoria, onde existem rochas de maior granulometria e são visto esforços mecânicos.
Para as empreiteiras é incontestavelmente mais lucrativo o encontro de solos de 2ª categoria,pois assim, as máquinas exercerão mais trabalhos e cobrarão mais.
Um momento engraçado durante a classificação foi que Carlos classificou o solo, e Erisaldo analisou também, mas Carlos me pediu para dar minha opinião sensata, e eu achei que Carlos havia exagerado um pouco, e acabei beneficiando a empreiteira. Erisaldo começou a rir e me agradeceu, até. Quanto a Carlos, elogiou-me, mesmo eu discordando dele, porque fui sincera.

Ao passarmos para o território ao longo da E2000, paramos no BTTC (Bueiro Triplo Tubular de Concreto), E2047+11,5, e vimos que as manilhas já haviam sido encaixadas sobre a calçada do bueiro e interligadas pelos berços.


Bueiro Triplo E2047+11,5

Na área de construção do Bueiro Duplo BDTC da E1987+11,9 já havia a compactação do reaterro.
As caçambas vêm ao local trazendo o volume do solo que a mesma suporta. Posto no local, as outras máquinas, bem como caminhão-pipa, motoniveladora, rolo pé-de-carneiro, vêm e nivelam o reaterro, de acordo com o projeto. Por fim, o rolo pé-de-carneiro compacta.


Reaterro do Bueiro Duplo E1987+11,9

Quando o solo está limpo, para garantir a sustentabilidade, os responsáveis pelos ensaios fazem "furos" no solo. Este ensaio é chamado Ensaio in situ, e, de acordo com os valores de grau de umidade e de compactação, a partir de ensaios feitos anteriormente em laboratório, os ensaios determinam se a compactação está de acordo com o grau exigido. Para esses ensaios é necessário um speed, para retirada do grau de umidade, uma armação quadricular com um círculo de 10cm de diâmetro. Com essa armação, é feita uma coleta de 15cm de altura, o que forma um cilindro.
Ao ser retirado o solo, o mesmo é peneirado com um funil. As quantidades de solo que passam pelo funil e a que fica no funil são pesadas. Então 6g de solo é posto dentro do speed, junto com carbureto, substância inflamável. O speed é agitado e depois, com o grau de umidade revelado alguns cálculos são feitos e o grau de compactação é comparado aos valores em laboratório.


Ficha de Ensaio in situ


E o dia chega ao fim (: