Minha Equipe (:

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... E se saudade matasse ??

sábado, 6 de março de 2010

Dia 8: 28/01/2010

Dia cheeeio (: disso que eu gosto! Movimentação o/

Na manhã, no trajeto do dreno, foi visto que o mesmo está quase que 100% pronto. Alguns pontos ainda com irregularidades, mas nada que o atrase demais. Logo em breve iniciará a liberação de solo cimento e depois a concretagem.

Chegando à Ponte Canal 05, as máquinas ainda se movimentavam para término do acesso à transição de montante.

Retornando a Travessia por Rodovia TR-02, houve que devido aos limites do terreno onde a mesma se delimita, deverão haver duas escavações nos seus lados, para nesses espaços serem construídos dois bueiros, já que o sistema de drenagem é paralisado na transição de jusante da TR-02.
Ainda na TR-02 vimos que as paredes já foram totalmente erguidas e com a junta de dilatação posta corretamente. Aqui, além da transição de jusante, falta a laje superior, que será feita ainda por esses dias.

Lado esquerdo da TR-02

Seguindo pela BR-423, desviamos no lado direito da construção, em direção ao local onde estava havendo movimentação de terra, e lá, algum dos Apontadores relatando tudo o que ocorria. Na E2074 estava Adriano, anotando o despejo do material Bota-Fora.
Depois da certeza de que tudo estava correndo bem, voltamos e paramos no BTTC E2047+11,5, onde estava havendo execução do muro na montante do bueiro.
Para isso, "caixas de madeira" são usadas como apoio ao redor das manilhas, estas que são assentadas em vala, em berço de concreto, para a liberação de concreto simples, este de 30mpA, encaixando na armação de madeira, deslizando sobre a mesma, tomando a forma. Depois de tomar sustentabilidade, a armação de madeira é retirada. Já acima das manilhas, há um pequeno revestimento com solo cimento, apenas para nivelamento de terreno. E como em outros processos, o Sapinho ou Compactador é imposto, compactando e dando mais resistência.

Exemplo de construção de Bueiro Triplo (por Drenagem de Transposição de Talvegues)

Execução de muro do Bueiro

Bueiro Triplo E2047+11,5

Depois de mostrar-me como funcionava a construção das calçadas e muros de bueiros, do ponto de vista prático, partimos atrás do Auxiliar em Terraplenagem João Batista e fomos para o almoço.

Terminando o almoço, Carlos me pediu para ficar lá no Escritório enquanto ele iria para coordenar sua Frente de Serviço dos seus Auxiliares e retornaria para apresentar-me o Laboratório de Concreto, cujo Técnico é Francisco Erisaldo, o mesmo que classifica os solos.
Ao retorno de Carlos, encaminhamo-nos para o Lab. de Concreto, que fica ali mesmo no Canteiro de Obras. Hoje, eu veria como é feito o ensaio de compactação em laboratório, àquele que dá os dados utilizados no ensaio feito no campo, para qualificação do grau de compactação.

Laboratório de Concreto

Para Ensaios de Compactação, é necessário, primordialmente e logicamente, uma boa quantidade de equipamentos. São peneiras, balanças, cilindros de diversos volumes, pás, martelos, soquetes, estufa, entre muitos outros. Já como objetivo, os ensaios determinam a massa específica aparente do solo "in situ", e com isso, outras características que mostrem o comportamento do solo em seu emprego. (NORMA NBR-7185, ABNT)
Inicialmente, o material usado é a areia, esta retirada de algum local da obra. A areia seca é colocada em uma fôrma metálica e cilíndrica rasa, onde será amassada afim de desprender mais os grãos, diminuindo-os.
No processo de ensaio, a areia irá sendo umedecida, separadamente, em cinco camadas, camada esta feita pela compactação da mesma com o uso do soquete em um cilindro. A cada camada, a areia é medida, amassada, recebe mais água, e mais uma camada se forma.
Durante este experimento, utilizamos areia da Caixa de Empréstimo da E2070 à E2074, lado esquerdo. Veja:

1- para o 1° ponto ou 1ª camada, houve uma homogeneização da areia com 2% de água, de acordo com o peso da areia, totalizando 140ml de água. Uma vez que nesta camada a areia não atingiu seu molde normal, ou certa consistência, mais 1% teve de ser adicionado, totalizando 3% de água acrescentada.

2- adquirindo consistência, a areia é um pouco mais misturada e amassada, e porções vão sendo colocadas dentro de um cilindro. São 5 porções. A cada porção, com o uso do soquete, a massa de areia vai sendo compactada, pelo efeito dos golpes (12), diminuindo o espaço ocupado, preenchendo os vazios, e o processo continua até o cilindro encher completamente.

3- depois de cheio, o peso do mesmo é medido e a areia é retirada do cilindro.

4- então, uma quantidade dessa areia é peneirada na peneira 4, e então o material que não ultrapassa a peneira deve ser pesado para cálculo de umidade.

5- para o 2° ponto, mais 2% de água é adicionado, é misturado, amassado, impõe porções no cilindro, as quais recebem 12 golpes do soquete, cada uma, e por aí vai até o fim do processo, até o fim do 5° ponto.

Com os dados de peso, quantidade de água, trabalhados a cada ponto, os números são anotados e cálculos são feitos. Propósito? FORMAÇÃO DE GRÁFICO! Isso. Os dados dos pontos de um ensaio de compactação existe, e, tendo como seu ponto máximo a densidade e umidade otimizadas.
Ao fim dos 5 pontos, a parte homogeneizada é queimada no álcool (para resultados momentâneos) ou na estufa (para resultados posteriores).

Ficha de Anotações para Cálculo de Densidade e Umidade

e daaaali tempo! :D

Dia 7: 27/01/2010

Hoje, o dia foi mais 'light', por assim dizer.
Cheguei no Canteiro, fiquei lá um pouco, e depois seguimos nosso trajeto. Uma vez que Carlos é responsável pela Terraplenagem, ele deve verificar como andam as escavações, os aterros, reaterros, caixas de empréstimo, entre outros.

Pela manhã, percorremos todo o trajeto já escavado, até aproximadamente o quilômetro 45, que é o ponto final da primeira etapa do projeto do Canal do Sertão. E além, tivemos de procurar donos de terras com jazidas a fim de firmar o compromisso de empréstimo.

Escavação de Bueiro concluída

Logo depois, já que ontem os ensaios devidos já tinham sido feitos no Bueiro Duplo E1987+11,9, havia chegado a hora do reaterro do Bueiro Simples da E2060+12, onde os meninos que recolhem o material já se encontravam de prontidão, começando a recolher o solo.
Ao início do reaterro, solo cimento é posto por cima das manilhas, digamos que por revestimento e proteção as formas. Para esse processo de compactação, o rolo pé-de-carneiro não é necessário, além de muito pesado. Em obras pequenas, como um Bueiro, apenas um compactador de percussão, ou Sapinho são utilizados, sendo muito eficientes.

Compactador de Percussão, Sapinho

De início, como o normal, foi retirada a camada (furo), com 20cm de profundidade. O material é posto em um frasco, e é pesado; depois é peneirado com um funil, pesado novamente, relacionando a diferença de peso, e subtraindo ao peso registrado que fica no funil. Com esses valores, pode ser encontrado o volume e por sua vez, a densidade. Usando o speed, calculamos a porcentagem de umidade, e com ela, o peso do solo úmido e seco, que, com a ajuda dos cálculos, verificamos o grau de compactação do reaterro, que por fim, deu certo.
Veja as seguintes imagens, estas retiradas da folha de anotações de um desses ensaios feitos:


1- Como dito, inicialmente é posto o local de onde estão sendo retiradas as camadas e o local de onde esse material foi retirado, no caso, sua procedência. Neste ensaio, o reaterro ocorre no Bueiro situado na E2060+12 (local), cujo material é procedente da Caixa de Empréstimo da E2053 à E2056, lado esquerdo (procedência).


2- Sendo cada camada de 20cm de profundidade, temos que a profundidade vai de 0cm à 20cm.
3- Aqui, o material é despejado em um frasco, e com uma balança, é pesado. Com um funil registrado e apropriado, a areia é peneirada a partir do funil para outro recipiente; e, preenchendo o volume do funil, é novamente pesado o restante do material que ficou no frasco.

Medidas em gramas

4- Posteriormente, com as medidas já anotadas, medidos novamente na balança o peso da areia, mas agora o peso no funil, o que restou dentro dele.

Funil utilizado de acordo com seu número de registro


5- E então, com todos estes dados, concluímos que: A (peso do frasco com areia) - B (peso do que sobra no frasco) - C (peso da areia que resta no funil) = P (peso da areia no furo), ou peso do material coletado.


6- Agora, como anteriormente, este material já havia sido coletado do local de onde procedeu, e ensaios laboratoriais já haviam sido feitos, o que temos é d (densidade da areia). Com o valor de d, e já tendo o P, pela fórmula da densidade descobrimos o volume do furo de onde o material foi retirado.



7- De P, 6g são retirados e colocados em um speed, equipamento de medição de umidade, e a este, adiciona-se também um composto chamado carbureto, ou carboneto; então, o equipamento é agitado, e depois de um certo tempo, é indicada a umidade.


8- Agora, pesamos o material que fica dentro do speed, dado como Ph, ou peso do solo úmido. E, de modo que Ps será o peso do solo seco, este determinado pela equação Ps = (Ph)/(100+h).


9- Com os resultados, calculamos a Densidade do Solo Sêco (Ds) = Ps/V.


10 - Para finalizar, comparamos os dados obtidos em campo com os laboratoriais, e calculamos, por fim, o grau de compactação, dado por (Ds/Dm).




Importante: Ressalto que o valor obtido no campo e no laboratório deve variar em 2%, para mais ou para menos.

Hora do Almoço. Uma das horas mais divertidas :D

Na parte da tarde, sendo o tempo mais curto, só nos deu tempo de verificar como estava o reaterro das bermas do Canal, a Ponte Canal 05, com os tratores e caminhões-pipas jogando água e o rolo compressor compactando, se esquecer dos discos de arado; todos estes mantendo segurança para a obra.

Reaterro nas bermas da Ponte Canal 05

E maaais um dia foi despedindo-se. Hora de ir pra casa :/