Equipamentos ~ Construção Civil

Na Construção Civil, vários equipamentos são essenciais para a execução das obras.

Aqui, descreverei equipamentos de grande importância, mostrando além, suas funções. Seguem abaixo:

*Escavadeira Hidráulica - utilizada em escavações de grande porte, a escavadeira tem como objetivo escavar e movimentar terra. Além de terra, a escavadeira carrega materiais de diversas granulometrias, agindo em diversas frentes de serviço.

Escavadeira Hidráulica

*Retroescavadeira - como máquinas muito versáteis, as retroescavadeiras são utilizadas para escavação, abertura de valas, nivelamento de terreno, entre outros. É um trator com uma pá frontal e outra menor na traseira, esta última usada para puxar cargas.

Retroescavadeira típica

*Motoniveladora - utilizada principalmente para nivelamento ou acabamento de terrenos. É um veículo de seis rodas (duas dianteiras e quatro traseiras), e uma lâmina horizontal ajustável (podendo ficar na horizontal, angular ou vertical), através de braços mecânicos ou pistões e engrenagens.

Motoniveladora típica

Ver detalhes da Motoniveladora: Lâmina de Nivelamento e Lâmina de Arado

*Caminhão-Betoneira - caminhão usado para mistura e transporte de concreto.

Caminhão-Betoneira

*Betoneira - assim como o caminhão, é usado como misturador de concreto, homogeneizando, sendo mais utilizado para revestimento e rejuntamento. No entanto, como a betoneira tem mais utilidades e é útil outras misturas, a betoneita é mais um "misturador".

Betoneira

*Caminhão-Pipa - caminhão equipado com um reservatório para transporte de água. Pode ser utilizado para controle de emissão de poeira, terraplenagem, irrigação, etc.

Caminhão-Pipa

*Compactador de Solo - equipamento utilizado para adensar terra, areia e outros tipos de terreno, visando um melhor substrato para a construção. Podem ser rolos vibratórios, lisos, pé-de-carneiro, de percussão, entre outros, cada qual com sua função.

Pé-de-Carneiro

Sapo, Compactador de Percussão

*Trator de Esteira - utilizado para espalhamento e nivelamento de obras de terraplenagem, destoca e recupera áreas, reaterros, etc.

Trator de Esteiras

*Caminhão Basculante - utilizado para transporte de terra, entulhos e materiais.

Caminhão Basculante

*Compressor de ar e Perfuratriz de Rochas - equipamentos que agem juntos, por submissão de pressão, que faz com que a perfuratriz atinja a rocha, perfurando-a.

Compressor de Ar e Perfuratriz de Rochas

Referências: Equipamentos // Veículos de Construção e Engenharia

Dia 5: 25/01/2010

Segunda-feira, início de semana... muita coisa pra acontecer.

No normal, a partir de hoje eu iria acompanhar o Técnico Carlos Cruz, mas como era seu dia de folga, continuei com Dantas. Hoje seria meu último dia em supervisão aos Levantamentos Topográficos.

Pela manhã, chegamos a estaca E2250 e visualizamos que a cerca nos lados do Canal ainda estava em execução, quanto que a cerca da E2226 já havia sido concluída em ambos os lados.

Na volta, vimos que estavam perfurando rochas, bem próximo a E2001, para imposição de explosivos, que seriam detonados mais tarde. Achei muito interessante e Dantas me levou ao fundo do Canal para ver como os operários fazem isso.

É extranho, mas lógico. A perfuratriz faz furos nas rochas, e então os explosivos são postos nesses furos, e em outros pontos delimitados. Além disso, todos os explosivos são interligados um "cabo" fino e de aspecto borrachudo.

Importante: O furo feito nos locais onde haverão explosivos possuem entre 1m ou 1,5m; e quando esses são impostos, o espaço aberto é recoberto por terra.

Operadores de explosivos a fundo

Explosivo sendo depositado no local perfurado

Finalmente, completando as fiscalizações da manhã, vimos que para a construção do Bueiro Duplo BDCC da E1969+5 já haviam sido feitas as escavações.

Aproximadamente 10:30h, tive de ausentar-me para resolver assuntos pessoais, voltando na parte da tarde.

Durante a tarde, ficamos todo o tempo no R-03. Lá havia liberação de concreto nas fôrmas deslizantes no módulo 05.

Deslizamento das paredes do módulo 05

Em todas as obras-de-arte, o modelo de "paredes deslizantes" é o mesmo: há a armação, a montagem das fôrmas, os macacos hidráulicos, e por fim, a liberação do concreto armado.

Visto que as paredes estavam quase 100% concluídas, era necessário um guincho transportasse concreto da betoneira ao local onde seria necessário.

Caminhão-Betoneira despejando concreto

Transporte do concreto ao local de uso

Eu, a Estagiária, pessoa ou criatura menos curiosa do mundo, fui ao módulo 05 e vi vários andaimes, madeira, ferro, entre outros, materiais esses para acesso direto à obra.

Estagiária no deslizamento das paredes do módulo 05 do R-03

Observando boa parte deste deslizamento, foi, aos poucos, tornando-se visível que, durante o deslizamento, a parte interna e externa da parede estava com um desvio em sua estrutura, o que a deixava meio curva. Todavia, como a armação da parte interna da parede possui mais aço que a parte externa, o que a torna mais resistente, não haveria complicação, lembrando que a força da água que passará pelo Canal provocará pressão na parte interna.

Em mais um momento 'CURIOSIDADE', vi que ao longo das estacas, decrescendo, em uma distância de aproximadamente 100m do local do R-03, havia a parte concluída da obra, até os dias atuais. Parte esta sendo o Canal trapezoidal.

Chamei Samuel, que estava conosco, e fomos até o ponto final, o ponto onde a obra havia parado, por assim dizer, em termos de ordem sequencial de obras.

Ponto concluído do Canal

Estagiária no ponto concluído do Canal

E então o tempo passou e meu horário de partida chegou.

Como meu último dia acompanhando o trabalho do Técnico Dantas, logo após cinco dias de muito aprendizado, deixo aqui registrado meu MUITO OBRIGADA!, de coração, a Dantas. Digo também que você é um grande profissional e admiro muito seu conhecimento, sua sabedoria e os mais importantes, sua paciência e humildade para comigo. Mais uma vez, muito obrigada.

Dedico a você Dantas, esta frase:

"Mais importante que adquirir uma grande sabedoria é a humildade na hora de transmití-la.'' Autor Desconhecido

Dia 4: 22/01/2010

Hoje, sexta-feira, fim de semana começando e carga horária menor, a movimentação na obra é um pouco mais intensa; uma vez que o pessoal busca acelerar o andamento da mesma, mesmo que mínimo, para que o serviço a fazer no sábado seja mais ameno.

No nosso percurso, a primeira parada foi no R-03, onde houve liberação da fôrma deslizante no módulo 05, que vai da E1436 à E1437 e contendo 50m³ de volume.

Ao passar do dia, comecei a passar mal, sentindo-me desconfortável. Então, conversei com Dantas e ele não se importou em deixar-me dentro do carro, quieta, para ver se ficava melhor.

Estávamos próximo ao Britador, pois Dantas e sua equipe estavam fazendo Levantamento Topográfico do lado direito da escavação da Caixa de Empréstimo 34 (E1893 - E1889), e como estavam próximos, seguiram para o Levantamento do lado direito da escavação da Caixa de Empréstimo 35 (E1932 - E1939+6).

Vista de Caçambas, o lado direito do Canal e de fundo, o Britador

Já no fim da manhã, o Engenheiro Benedito, que estava verificando o andamento das obras, viu Dantas e parou para conversarem. Achando extranho o fato de eu não estar acompanhando os levantamentos, Dantas explicou minha situação e o Engenheiro achou que eu devia ir para casa. Ele veio até mim, perguntou se eu estava bem ou se eu queria ir pra casa, mas eu estava bem, só preferia ficar quieta.

Acreditando que não havia mais o que eu teria para aprender na parte de Topografia*, o Engenheiro Benedito pediu que eu o acompanhasse. Peguei minhas coisas e o segui.

Como apartir da semana que vem eu acompanharia o Técnico em Mecânica dos Solos Carlos Cruz, o Engenheiro Benedito achou que eu deveria familiarizar-me com os equipamentos da Terraplenagem, o que inclui as máquinas, os materiais, entre outros. Então, demos um passeio pela Terraplenagem e ele foi me explicando a função de cada uma. Afirmo que me foi confuso, porque a diferença entre certas máquinas era quase mínima, mas consegui absorver tudo o que me foi dito.

* Complementando o comentário sobre a Topografia: Na verdade, não é que não haja mais o que aprender, mas que o processo básico de como a Equipe funciona, o que fazem e o quão importante a Topografia é para qualquer Construção Civil já havia sido passada para mim.

Ao fim, seguimos para o Escritório. Hora do almoço.

Na parte da tarde, no decorrer do trecho onde estava havendo a execução do dreno, o mesmo já estava concluído da E1460+10 à E1470 e da E1474 à E1484; já entre a E1470 e E1477, o sistema de drenagem ainda estava em execução.

Como houveram alguns locais onde haviam borrachudos, como entre a E1484 e E1495+15, este medido ontem, hoje os operários estavam regularizando o fundo do Canal com aplicação de bica corrida.

Observações:

~~ Excesso de umidade forma borrachudos e dificulta a compactação do solo, podendo ocorrer trincagem fina ao secar.

~~ Bica Corrida: Material exclusivamente de produtos de britagem que não possui, normalmente, uma granulometria definida. É usado como material de base ou sub-base para pavimentação de estradas e pisos de concreto. Sua composição está vinculada ao tipo de rocha. (por: Brasitalia)

Dia 3: 21/01/2010

Hoje, como todos os dias, foi mais uma correria. Haviam levantamentos a serem feitos, liberação de "paredes deslizantes"; enfim, vários processos avançaram em parte a obra.

Como Dantas estava tendo muito trabalho, já que o primeiro trecho, que termina no quilômetro 45 estava quase que 100% escavado, mais pessoas com noções em Topografia seriam necessárias. Dantas não teria condições de dar conta de tudo. É Caixa de Empréstimo aqui, Aterro ali, Reaterro, Jazida, etc.

Para ajudar a equipe topográfica, mais auxiliares foram contratados: Jairo, de Salvador, Caio, de Paulo Afonso; e Berg, de Delmiro Gouveia. Daí, como a disponibilidade dos carros ficou escassa, e ainda tinha a "minha pessoa" ocupando espaço, um dos carros foi repassado para Marcos, enquanto que, com Dantas, somente eu, Samuel e Antoniel estaríamos.

De acordo com o percurso de cada dia, nosso primeiro ponto de parada foi na Ponte Canal 5, onde estava havendo a delimitação do terreno e regularização da transição de jusante da Ponte e posterior aplicação de Concreto magro (5cm de espessura).

Regularização da locação da transição de jusante da Ponte Canal 05

Regularização da transição da jusante da Ponte Canal 05

Dando continuidade, nossa próxima parada foi no Canal Retangular 04, este com uma grande profundidade escavado em rocha. No R-04 está havendo perfuração nas rochas mais resistentes com a utilização da máquina Rocke, que perfura as rochas e depois, na rocha, explosivos são introduzidos para detonações.

Máquina de perfuração em Rochas: Rocke

Mais uma obra-de-arte estava concluída, a Comporta 04. As transições de montante e jusante desta, assim como todas as transições de Travessias e Canais Retangulares são feitas de Concreto de 2° Estágio.

Jusante da Comporta 04

Estagiária na Comporta 04, já concluída

Pouco mais a frente, houveram escavações na montante e jusante da TR-03, que como as demais Travessias tem 70m.

Passando por todo o trecho da primeira etapa, em um dos últimos bueiros projetados, o BSTC (Bueiro Simples Tubular de Concreto) da E2205, já estava com suas manilhas sendo assentadas.

Após um grande passeio pelos 45km, chegou a hora do almoço.

No retorno, fomos verificar o deslizamento0 das paredes da TR-02, que já haviam sido liberadas pelo Técnico Jorildo. Nesta Frente de Serviço, o Jorildo tem Tenório e Rosildo como auxiliares. Rosildo fica na Central de Concreto, fiscalizando a produção de concreto e controle de Betoneiras que encaminham o concreto até o local de liberação; enquanto Tenório fica no local de execução da obra, anotando e conferindo a os horários de liberação, o volume da fôrma, o traço do concreto e sua resistência característica.

Estagiária e Auxiliar Técnico Tenório

No ambiente da obra-de-arte, haviam as "fôrmas deslizantes", que já estavam subindo, os andaimes que sustentam o peso do pessoal que espalha o concreto e outros equipamentos. O concreto era despejado na laje sobre o andaime e sendo repassado para as fôrmas, preenchendo os vazios com ajuda de vibradores. As fôrmas, como em projeto, eram erguidas em formato retangular. Acima das fôrmas, Macacos Hidráulicos eram utilizados presos a estas fôrmas. No momento de deslizamento, uma forte pressão era imposta aos Macacos por mangueiras, fazendo-os aplicar força contrária ao sentido de deslizamento, levantando as fôrmas igualmente, com as paredes adquirindo resistência rapidamente.

Operários em execução de deslizamento de fôrmas

Macacos Hidráulicos sobre as fôrmas interligados por mangueiras de pressão

Sendo uma Travessia sob Rodovia, a TR-02, bem como a TR-01 e as demais, é projetada com uma parede retangular a mais, no centro das extremidades da Travessia. A Projeção da Estrutura é feita deste modo pois na Rodovia passam automóveis de alto peso, e estes exercem forte pressão sobre a estrutura. A parede no centro da Travessia acrescenta sustentabilidade.

Estagiária acompanhando o deslizamento de paredes da TR-02

No fundo de Canal Trapezoidal que vai da E1484 até a E1495+15 (235m), espaço esse onde haverá sistema de drenagem, ainda faltavam algumas medições de cotas de lado esquerdo e direito, e altura média para adição de brita. Essas medições devem ser feitas por Dantas, que é Fiscal Topográfico da Hidroconsult e um Encarregado da Construtora Queiroz Galvão. Antes destas medições, pequenas estacas delimitam essas cotas e a altura a nível topográfico, tudo isso retirado de projetos. Todavia, como no local haviam borrachudos e assim não poderia ser executado o dreno, não sem regularização, houveram alterações nos valores medidos. Já em locais sem borrachudos, as medidas estavam de acordo. Todas as cotas e alturas foram anotadas, de estaca a estaca.

Técnico da Hidroconsult e Encarregado da Queiroz Galvão

medindo cotas laterais e altura de fundo do Canal

para aplicação de Bica Corrida

Na E1493, lado esquerdo, devido à detonações que antes houveram em locais próximos, havia uma superlargura no talude. Essa superlargura ia da E1493 à E1494+2,4.

Superlargura do lado esquerdo do Canal

Planilha de Controle

Em torno das 14h, a caminho da TR-03, ao passar pela E1729+2, onde encontra-se o BSCC (Bueiro Simples Celular de Concreto) já haviam iniciado o processo de Cura do Concreto da laje do Bueiro.

Dia 2: 20/01/2010

Estagiária no fundo do Canal

No meu segundo dia, já mais familiarizada com o pessoal, com a correria e com o dilema, com a minha extrema empolgação, lá estava eu às 06:45h da manhã no Canteiro de Obras, feliz da vida para mais um dia agitado.

Ao seguirmos o percurso a caminho da obras em execução, ao passarmos pela E1528 até a E1530 (40m), havia uma superlargura no lado esquerdo do Canal Trapezoidal. Essa irregularidade provavelmente é proveniente das detonações que aconteceram no local nos últimos dias.

Já no percurso entre as estacas E1559+5 e E1569 havia a regularização do lado direito da rampa à partir da máquina PC200.

Em alguns pontos destes dois trechos citados acima, localizando-se entre a TR-02 e a Ponte Canal 4, no fundo do Canal Trapezoidal haviam muitos borrachudos, e com isso, não seria possível dar continuidade na execução do dreno. Os borrachudos deixam a o solo menos compactado, efeito da chuva, da erosão etc, e assim, desregula o nível do fundo do Canal. Em alguns pontos caóticos, será obrigatório o acréscimo de areia, para regularizar o terreno.

Na Ponte Canal 5 somente estava pronta a armadura da armação das "paredes deslizantes". Após a execução das transições de montante e jusante, será iniciado o deslizamento das paredes, bem como concretagem da laje inferior das transições, para aí si, o cimbramento que sustenta toda a carga imposta a ponte poderá ser retirado.

Na parte da manhã, Dantas, eu e Engenheiro Benedito fomos a uma fazenda, nos arredores da BR-423, para conseguir mais uma Caixa de Empréstimo para Reaterros.

Como a obra é de responsabilidade da SEINFRA (Secretaria de Infra-Estrutura), para este tipo de acordo, com proprietários de terras, o órgão federal deve documentar tudo, deixando o acordo registrado, a fim de não trazer prejuízos para nenhum dos envolvidos.

Jusante do Canal Retangular 2

Canal do Sertão Alagoano ~ Histórico

Considerada a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Nordeste do Brasil, o Canal do Sertão começou a ser construído com recursos estaduais, antes de passar a receber verbas federais. Entre discussão do projeto e a realização efetiva da obra, que terá 250km, já se passaram mais de 20 anos.

O Canal começa em Delmiro Gouveia, no Sertão, e se estende até o município de Arapiraca, Agreste alagoano. Nos primeiros 1.700m do Canal, a água será levada até a estrutura de transição por bombeamento (através das subestações) e, em seguida, por gravidade, até a cidade de Arapiraca.

O Canal deve receber aportes de mais de R$ 600 milhões, até 2010. São 250km de canais, que vão beneficiar 43 municípios e uma população de quase um milhão de habitantes, até 2013, com 26 mil hectares de perímetros irrigados, que inclui cinco grandes projetos de agrovila: Pariconha I e II; Delmiro Gouveia e Inhapi I e II.

Estação Elevatória

Montante da TR-01

Comporta

Canal Retangular em Rocha

Ponte Canal

Travessia de Animais e Veículos

Canal Adutor Alagoano

Fotos: Hidroconsult Consultoria, Estudos e Projetos S/A

"A saída para a seca alagoana, portanto, tinha de passar pelo Velho Chico. O projeto já está

sendo considerado uma das maiores e mais modernas obras de engenharia hídrica do mundo."

Senador Federal Renan Calheiros