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quarta-feira, 25 de abril de 2012

CTRL+C CTRL+V ~ Obra causa atropelos no Sertão


IMPACTO
Comunidade reclama de uma série de prejuízos e da falta de informações sobre canal adutor


   Não tem quem diga a Seu Tonho que a terra não é mais dele. Aos 70 anos, o criador de gado não entende. "A propriedade é minha e mandam eu não andar mais aqui. Não podem me proibir porque me pertence", reclama Antônio Oliveira Neto, nascido e criado próximo ao Alto dos Coelhos, zona rural de Água Branca.   Um rio de concreto rasga a caatinga e "atropela" sertanejos por onde passa. Quem rezou pela água do céu a vida inteira, sofre com a promessa da água que ecoa entre paredões de cimento. Paga penitência para o gado não morrer de sede. Comunidades tomadas pelas obras reclamam de uma série de prejuízos e da falta de informações sobre o Canal do Sertão. A dúvida gera a ignorância. Alguns pensam que não terão direito de retirar sequer um caneco de água do aqueduto.


   O canal tem uma faixa de domínio cercada a 50 metros de cada margem. A obra passa no meio da terra de Seu Tonho e, segundo ele, acabou com três barreiros (pequenas barragens) onde o gado bebia. Ao ver a água minar em outro trecho escavado pelas máquinas, o sertanejo não contou conversa e levantou uma cerca por dentro da cerca com estacas de concreto feita pela Construtora Queiroz Galvão.

   Fica difícil para o homem do campo entender a grandeza da obra e os benefícios que ele deve trazer no futuro. A Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), a construtora de uma obra desse porte é inevitável, mas trabalham em conjunto para atenuar os problemas.

   O secretário adjunto de Projetos Especiais e Irrigação da Seinfra, Alzir Lima, explica que há uma série de ações compensatórias para as comunidades e proprietários de terra prejudicados. "Nem 'o homem lá de cima' conseguiu agradar todo mundo, mas a população beneficiada será muito maior que essa minoria. Vale lembrar ainda que as comunidades ribeirinhas terão assegurada para ter a sua horta, a roça ou criação de animais", diz.

   Os cinco primeiros trechos do canal estão licitados, contratados e avaliados em quase R$ 2,3 bilhões. São 150 dos 250 km do percurso cheio de curvas entre os municípios de Delmiro Gouveia e Craíbas. O trecho 1 (45 km) já ficou pronto. Os trechos 2 e 3 estão em obras até o km 93. Segundo o Ministério da Integração Nacional, o projeto deve beneficiar mais de 1 milhão de pessoas.


Fonte: Gazeta Web




P.S.: Como proprietária deste blog e leitora das notícias vinculadas ao Canal do Sertão, apoio totalmente às reivindicações dos proprietários, que mesmo que os benefícios sejam salvadores, deve-se saber respeitar. Parabenizo o autor do texto acima.

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